sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

A HÉLICE DE ELIS

Ao lado de Rodrigues, Elis viveu os primeiros impactos da fama. Em 1965, no mesmo ano que venceu o 1º Festival da Música Popular Brasileira, interpretando "Arrastão" (Vinícius de Moraes e Edu Lobo), conseguiu arrastar o Brasil ao som de sua bossa. No mesmo ano, a cantora estreou o programa "O Fino na Bossa", na Rede Record. Em parceria com Jair Rodrigues, Elis comandou o musical por dois anos. Com o companheiro ainda gravou "Dois na Bossa", uma coleção de três volumes.
Depois de romperem os laços profissionais, ficou a amizade que agora se transformou em saudades. Jair Rodrigues se refere à Elis Regina, a jovem que em início de carreira o procurou para pedir um autógrafo, como mito, ainda, insubstituível. "Ela continua com o título de melhor cantora do país. Já pode ter nascido alguém melhor que Elis, mas ainda não apareceu. A "Pimentinha" adquiriu uma forma única de cantar, mesmo imitando, no início de carreira, Angela Maria e Dalva de Oliveira. Até ganhou o apelido de Hélice, por causa do jeito que girava os braços ao interpretar", comentou Rodrigues acrescentando que o estilo inovador da cantora só deu certo por ser sincero. "Nada nela era falso. Só 'Falso Brilhante'", brincou.